quarta-feira , 9 julho 2025
Home Últimas notícias Moraes vota para condenar mulher que pichou “Perdeu, mané” no STF
Últimas notícias

Moraes vota para condenar mulher que pichou “Perdeu, mané” no STF

52
moraes-vota-para-condenar-mulher-que-pichou-“perdeu,-mane”-no-stf

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (21) para condenar Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão em regime fechado. Débora está presa pela acusação de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Ela também foi acusada de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, localizada em frente ao STF, durante os atos.

A frase foi dita pelo presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, em novembro de 2022, após ser importunado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro durante um evento em Nova York, nos Estados Unidos.

O voto de Moraes, que é relator do caso, foi proferido no julgamento virtual no qual a Primeira Turma da Corte julga a ação penal contra a acusada, que responde pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

“A ré Debora Rodrigues dos Santos confessadamente adentrou à Praça dos Três Poderes e vandalizou a escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, mesmo com todo cenário de depredação que se encontrava o espaço público”, escreveu o ministro.

O julgamento virtual vai até sexta-feira (28). Faltam os votos dos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Defesa

Em nota enviada à Agência Brasil, os advogados Hélio Júnior e Tanieli Telles afirmaram que receberam o voto de Alexandre de Moraes com “profunda consternação”. Segundo a defesa, o voto pela condenação a 14 anos de prisão é um “marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro”.

Os advogados também afirmaram que Débora nunca teve envolvimento com crimes e classificaram o julgamento como “político”. 

“Condenar Débora Rodrigues por associação armada apenas por ter passado batom em uma estátua não é apenas um erro jurídico – é pura perversidade. Em nenhum momento ficou demonstrado que Débora tenha praticado atos violentos, participado de uma organização criminosa ou cometido qualquer conduta que pudesse justificar uma pena tão severa”, diz a defesa. 

Escrito por
Agência Brasil

Jornalista com vasta experiência em comunicação pública, atuando na cobertura de temas políticos, sociais e econômicos. Trabalha na Agência Brasil, comprometido em fornecer informações claras e precisas para a sociedade brasileira.

Deixe um comentário

Deixe um comentário

Artigos relacionados

Câmara instala nesta quarta-feira comissão especial para discutir projeto da nova Lei dos Portos – Notícias

08/07/2025 – 15:31   Jose Fernando Ogura/AEN Nova legislação pretende aumentar competitividade...

Estudantes pedem fim do teto do Fies e fiscalização das faculdades privadas – Notícias

08/07/2025 – 15:13   Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Tadeu Veneri defendeu mudança...

Governo e produtores rurais apoiam mudanças em descontos na energia elétrica usada na irrigação – Notícias

Agropecuária Confederação da Agricultura e Pecuária defende aprovação de projeto que permite...

Comissão aprova proposta que amplia a possibilidade de recurso nos Juizados Especiais – Notícias

Direito e Justiça Para virar lei, a proposta também precisa ser analisada...